O que é Inferno?

Por: Fabiano Carvalho

O Inferno não é criação de Deus.

O fato que o inferno não é um castigo de Deus e sim uma escolha de quem quer viver sem Deus, neste mundo e no futuro.
É antes uma escolha pessoal, de quem por iniciativa própria quer ficar longe de Deus.
Não é um lugar e sim um estado de espírito.
Deus não predestina ninguém para o Inferno; para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal) e persistir nela até o fim.

Inferno significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra "inferno".

Algumas palavras da bíblia:
"Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à vida. E poucos são os que o encontram" (Mt 7,13-14)

"Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1 Jo 3,14-15)

O INFERNO é um estado de total infelicidade e não um lugar e nem tem fogo. É viver eternamente sem Deus, sem amar, sem ser amado. A alma percebe que Deus é o Bem Maior, mas sua livre vontade o rejeita e sabe que estará para sempre incompatibilizada com Deus. Isso gera um imenso vazio na alma que passa a odiar a Deus e às suas criaturas. Só vai para o inferno quem faz uma recusa a Deus consciente, livre e voluntária, portanto só vai quem quer, não é castigo imposto.

Geena.

Que é a forma grega do nome geográfico hebraico “vale do Enom”, lugar situado aos pés de Jerusalém, onde se sacrificavam crianças em homenagem a Moloc (2Rs 16,3; 21,6; Jr 32,35). Como punição pela idolatria, Jeremias anunciou que o vale seria um lugar amaldiçoado (7,30–8,3). O vale tornou-se um símbolo da punição escatológica (Is 66,22-24). Mais tarde tornou-se depósito de lixo de Jerusalém. No NT a geena é o símbolo da condenação eterna dos pecadores (Mt 5,29; Mc 9,43 e nota). Lá havia um fogo que nunca se apagava, por isto a simbologia do fogo.

Há também o Hades ou xeol.

Nome grego para a morada ou região dos mortos, que corresponde ao hebraico Xeol (abismo, ou infernos). O Hades é o lugar onde estavam reunidos todos os mortos antes da ressurreição de Cristo, com repartições para bons e maus (Mt 12,40; At 2,27; Ap 6,9).

O lugar que a bíblia fala é o “vale do Enom”(lixeira da cidade com um fogo que não se apagava), mas se vc insiste que o inferno é um lugar qual seria este lugar?

O estado de espírito é o inferno, pois a pessoa estará em sofrimento por saber que rejeitou o Bem por todo o sempre
é este sofrimento de falta de amor que é o fogo que atormentará o individuo.

Deus não predestina ninguém para o Inferno; para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal) e persistir nela até o fim. Portanto é uma escolha particular.

Separação eterna de Deus é a pena do inferno, o termo"lançado no inferno" não indica que seja um lugar, porem mostra que é um estado em que o individuo estará separado de Deus, por livre escolha.

O catecismo diz:
§1035 O ensinamento da Igreja afirma a existência e a eternidade do inferno. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal "descem" imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, "o fogo eterno". A pena principal do Inferno consiste na separação eterna de Deus, o Único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais aspira.

Assim como O Céu é a realização das aspirações mais profundas do homem, é o estado de felicidade suprema e definitiva.

Assim também o inferna é o estado de extrema tristeza e agonia por ter rejeitado a Deus.

O inferno é o sofrimento eterno; estar separado de Deus para sempre.

A reflexão do cristianismo levou a considerar o Inferno como um estado (não lugar) de auto-exclusão da comunhão amiga de Deus pelo pecador impenitente que a morte fixou na eternidade de forma irreversível na aversão a Deus. O castigo do inferno é principalmente a separação eterna de Deus.O inferno é a percepção da ausência de Deus.

O ensino comum da Igreja acrescentam à “pena de dano” (desespero pela perda culpável da feliz comunhão com Deus e os eleitos no Céu), a “pena dos sentidos” (castigo, figurado pelo fogo eterno, pelos danos que os pecados causaram).

Se uma pessoa não se arrepende do pecado mortal, não tem qualquer remorso e persiste neste estado, então esta rejeição de Deus continuará para a eternidade, enquanto o pecador não se arrepender enquanto peregrina aqui na terra, estará morto para o Céu.Vão ao inferno os que morrem em pecado mortal, porque rejeitaram a graça de Deus.

Tanto Judas 6 como Mateus 8:12; 22:13 e 25:30,
mostram que as trevas significam um estado de privação e aflição,
mas não de destruição no sentido de deixar de existir.
Somente aqueles que existem podem chorar e ranger seus dentes,
como é dito dos que serão lançados nas trevas.

"Paulo disse que preferiria "partir e estar com Cristo". Ora, onde Cristo está? Não está à Direita de Deus? E Deus não está no céu? Se ele prefere "partir" está se referindo a uma "viagem". Afinal, só se parte de um lugar para outro."


Cristo está sim a direita de Deus, porem Deus está em toda parte, o céu é o estado em que a pessoa consegue ver deus face a face e o inferno o estado onde o individuo por vontade própria ignora Deus, por isto não o vê.

O inferno é a ausência de Deus, assim sendo onde Deus não está?
A Escritura fala-nos do céu em imagens: vida, luz, paz, festim de casamento, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste, Paraíso. "O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam" (1Cor 2,9).

O INFERNO é:
um estado de total infelicidade.
É "viver" eternamente sem Deus, sem amar, sem ser amado. A alma percebe que Deus é o Bem Maior, mas sua livre vontade o rejeita e sabe que estará para sempre incompatibilizada com Deus. Isso gera um imenso vazio na alma que passa a odiar a Deus e às suas criaturas. Só vai para o inferno quem faz uma recusa a Deus consciente, livre e voluntária, portanto não é castigo e sim opção.

O CÉU não é um lugarzinho acima das nuvens, mas sim, um estado de total Felicidade capaz de realizar todas as aspirações mais profundas do ser humano. No Céu participamos da Vida de Deus plenamente. E quanto maior for o amor que a pessoa desenvolveu neste mundo, mais penetrante será a participação na Vida de Deus.
Assim, no Céu todos são felizes, cada qual segundo suas aspirações, em graus variados, pois cada um é correspondido na medida exata do seu amor. Deus é Amor, amor que se dá a conhecer a quem ama intensamente.
Não há monotonia para quem está com Deus, mas sim, uma intensa atividade de Conhecer e Amar o próprio Amor que é Deus.

Deus sendo onipresente, não necessita que um lugar restrito para estar, pois pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

Jesus mesmo quando voltar não voltara apenas em um lugar, mas se dara a conhecer a todos, pois também é Deus e como um relâmpago que nasce no oriente e se mostra no ocidente, assim será a vinda de Cristo.

Portanto Deus é senhor do tempo e do espaço e não precisa de lugares restritos para se mostrar ao seu povo, ou para não se mostrar(Inferno).
Deus não predestina ninguém para o Inferno; para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal) e persistir nela até o fim.
A desgraça dos condenados consiste em serem para sempre privados da vista de Deus.
Os bens do Paraíso para os eleitos, e os males do Inferno para os condenados, serão iguais na substância e na duração eterna; mas na medida, isto é, no grau, serão maiores ou menores, segundo os méritos ou deméritos de cada um.
Inferno é um estado em que os condenados sofreram proporcional e eternamente terríveis tormentos e privação da vista de Deus.
Vai para o inferno os que morrem em pecado grave, sem arrependimento.
Com a palavra "inferno" a Igreja quer designar este estado de morte.

o que diz o catecismo?
§1033 Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: "Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1 Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto¬-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra "inferno".

§1024 Essa vida perfeita com a Santíssima Trindade, essa comunhão de vida e de amor com ela, com a Virgem Maria, os anjos e todos os bem-aventurados, é denominada "o Céu". O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva.

O inferno é um estado de aversão ao amor de Deus.
Admita-se, porém, que venha a morrer nesse estado de aversão a Deus e adesão à criatura... Que se dá então?

A alma do pecador se vê colocada diante da sua realidade sem a poder encobrir nem dissimular. Toma plena consciência de que se separou livremente de Deus, que a chamava à participação da sua vida divina: perdeu o Bem sem limites. Em outros termos: após a morte, com um olhar penetrante, a alma do pecador avalia a sua capacidade de infinito e percebe que jamais será preenchida; apodera-se de tal alma a impressão de ser um vazio imenso, destinado a ficar sempre aberto. Doravante existirá em contínua contradição consigo mesma: a natureza dessa alma clamará incessantemente pelo Criador; o clamor, porém, ficará vão, pois tal alma, por sua livre vontade, se terá para sempre incompatibilizado com o Senhor. Natureza pedindo o Sumo Bem com todas as suas fibras, e vontade livre repudiando a Deus.
O estado do réprobo implica que, justamente na ocasião em que a criatura percebe ser Deus o mais atraente de todos os bens, ela está possuída de aversão voluntária contra o mesmo Deus. Este estado violento, contraditório, ainda é aguçado pelo fato de que, somente pela força que o Senhor lhe confere, é que o pecador se pode voltar contra o Senhor; somente enquanto carregado pelo amor de Deus é que o réprobo pode nutrir ódio contra Deus. E o réprobo tem plena consciência dessa contradição viva.
O estado infernal é plenamente compatível com o amor de Deus. Sim, precisamente porque Deus ama - e ama irreversivelmente - é que o réprobo no além pode verificar, com toda a clareza, que Deus é o Sumo Bem, ao qual ele disse um Não voluntário e definitivo.

Ouve-se por muitas vezes dizer que os pecadores são punidos em lugar.
Tais achismos são totalmente despropositadas. Não se deve imaginar uma topografia do além, pois esta careceria de todo fundamento.
Determinar o local do inferno pertence mais aos objetos da curiosidade de quem a imagina do que aos da ciência teológica.
De modo geral é de desejar se desembarace a noção do inferno de certas concepções do inferno são um tanto infantis ou grosseiras, para dar-lhe um caráter mais interior e espiritualizado (a realidade do inferno ultrapassa toda a nossa imaginação; é um mistério).
A genuína visão cristã nos apresenta o inferno como obra do livre arbitrio do homem violentador, e carrasco de si mesmo, que se condena e se afasta de Deus.